O seleccionador de Moçambique, o minhoto José Querido falou de como decorreu a preparação da selecção africana com vista ao Mundial em Angola.
Aproveitando a presença da Selecção de Moçambique que está a estagiar em Portugal até ao próximo dia 15 de Setembro, tivemos a oportunidade de falar com o novo Seleccionador Nacional Moçambicano, José Querido.
Estivemos a assistir ao jogo treino entre o Sporting CP e a Selecção de Moçambique e no final da partida fomos ao encontro de José Querido que não se escusou em conversarmos um pouco e falarmos de alguns temas, incidindo quase sempre nesta nova aventura de um treinador com um curriculum invejável.
Uma nova experiência num país e uma realidade diferente daquela que até agora este técnico viveu, mas José Querido sempre afável deixou-nos a sua opinião sobre o presente e o futuro deste novo projecto em que está envolvido.
Estivemos a assistir ao jogo treino entre o Sporting CP e a Selecção de Moçambique e no final da partida fomos ao encontro de José Querido que não se escusou em conversarmos um pouco e falarmos de alguns temas, incidindo quase sempre nesta nova aventura de um treinador com um curriculum invejável.
Uma nova experiência num país e uma realidade diferente daquela que até agora este técnico viveu, mas José Querido sempre afável deixou-nos a sua opinião sobre o presente e o futuro deste novo projecto em que está envolvido.
PLURISPORTS _ Uma herança pesada, aquela que recebeu desta Selecção de Moçambique com o 4.º lugar alcançado na Argentina no último mundial vindo encontrar muitos dos jogadores que estiveram em San Juan.
De qualquer forma está a fazer uma renovação na Selecção com a inclusão de gente jovem. Concorda?
De qualquer forma está a fazer uma renovação na Selecção com a inclusão de gente jovem. Concorda?
JOSÉ QUERIDO - Sem dúvida que é uma herança pesada, as pessoas tem a consciência que o trabalho feito pelo Pedro Nunes com o 4.º lugar alcançado é histórico.
Os responsáveis moçambicanos têm consciência dessa realidade, mas nós vamos entrar com vontade de fazer melhor, sabendo ainda assim que é extremamente difícil mas enquanto houver vida há esperança.
Relativamente ao que estamos a fazer, pensamos que estamos a fazer um trabalho que não é só para este mundial, mas também para incentivar a formação e a juventude em Moçambique. Por isso é que estão neste lote 2 juvenis e dois juniores a trabalhar neste estágio. É um trabalho complexo, se considerarmos que estamos a mudar a face da selecção onde até agora a maioria dos jogadores rondavam os 30 ou mais anos de idade.
Os responsáveis moçambicanos têm consciência dessa realidade, mas nós vamos entrar com vontade de fazer melhor, sabendo ainda assim que é extremamente difícil mas enquanto houver vida há esperança.
Relativamente ao que estamos a fazer, pensamos que estamos a fazer um trabalho que não é só para este mundial, mas também para incentivar a formação e a juventude em Moçambique. Por isso é que estão neste lote 2 juvenis e dois juniores a trabalhar neste estágio. É um trabalho complexo, se considerarmos que estamos a mudar a face da selecção onde até agora a maioria dos jogadores rondavam os 30 ou mais anos de idade.
PLR - Como é a realidade do Hóquei em Patins em Moçambique comparativamente ao português?
JQ - Olhe para falarmos do Campeonato Português, qualquer jogador faz uma média de 50/60 jogos, em Moçambique fazem 20. Ou seja ao fim de dois ou três anos é uma grande diferença, mas fora isso, a aplicação e o trabalho que andamos a fazer é de uma atitude de um caracter e de um espirito de sacrifício que tenho que salientar, pois tem muita vontade de aprender e isso é muito importante para o futuro deles e naturalmente do futuro do hóquei em patins em Moçambique.
Estou convencido que deste lote de jogadores mais jovens poderão sair alguns que serão o garante do futuro do hóquei em Moçambique.
Estou convencido que deste lote de jogadores mais jovens poderão sair alguns que serão o garante do futuro do hóquei em Moçambique.
PLR - Relativamente ao jogo frente ao Sporting CP como analisa a prestação da sua equipa?
JQ - Relativamente a esse encontro, foi um jogo treino, mas para mim foi um belíssimo treino, pois estava a contar com menos da nossa parte, sinceramente, porque estamos só à duas a trabalhar e que tem incidido na componente física, portanto com cargas muito forte, e os jogadores acabaram por ter uma resposta que me surpreendeu pela positiva, primeiro porque não é fácil com o cansaço teres o discernimento, e acabou por ser uma grande alegria para mim, eles terem posto em pratica aquilo que tem andado a assimilare como devem ter reparado, os primeiros 30 minutos do jogo estivemos quase sempre a comandar todas as operações de jogo.
Mas o mais importante, e foi feito, aquele trabalho que gostaria que fosse feito. Tivemos algumas lacunas em alguns momentos, e a falta de competição acaba por ser crucial, para estes momentos dos jogos, mas no cômputo geral estou muito satisfeito com as prestações deles, e a continuarmos a evoluir assim vamos ter com toda a certeza uma boa prestação no mundial.
Mas o mais importante, e foi feito, aquele trabalho que gostaria que fosse feito. Tivemos algumas lacunas em alguns momentos, e a falta de competição acaba por ser crucial, para estes momentos dos jogos, mas no cômputo geral estou muito satisfeito com as prestações deles, e a continuarmos a evoluir assim vamos ter com toda a certeza uma boa prestação no mundial.
PLR - Neste Estágio em Portugal tem agendado uma maratona de jogos. Isto vai ao encontro daquilo que disse, que é preciso agora jogar para assimilarem as situações de jogo para se chegar ao mundial numa boa forma?
JQ - Exactamente. Nós começamos logo com o Sporting CP, dentro de dias será o Benfica, mas o que importa é que eles percebam as dificuldades, e vamos arranjar algumas equipas da 2.ª Divisão, de forma a ganharmos rotinas de jogo que é o objectivo principal no estágio aqui em Portugal.
PLR - Em termos de estruturas da FPM como encontrou e que apoios ou investimentos existem, principalmente no investimento humano em prol do hóquei em patins?
JQ - Há que referir antes de tudo, uma pessoa muito importante que é o Presidente da FPM, Nicolau Manjane. Ele é que é a cara visível e o principal mentor para que o hóquei em patins em Moçambique volte a ter o protagonismo que já teve noutros tempos. Se não fosse ele e a sua perseverança, provavelmente não estaríamos aqui hoje.
É lógico que as condições de trabalho não são as melhores, embora acredite que vão melhorar, mas penso que há vontade, há gente que está envolvida e que vê com bons olhos esta modalidade e tudo estão a fazer para que o HP não morra em Moçambique.
Quem dirige actualmente o HP em Moçambique está a criar condições para que muitos jovens possam sair das ruas e possam praticar a modalidade que já foi uma das grandes naquele país.
É lógico que as condições de trabalho não são as melhores, embora acredite que vão melhorar, mas penso que há vontade, há gente que está envolvida e que vê com bons olhos esta modalidade e tudo estão a fazer para que o HP não morra em Moçambique.
Quem dirige actualmente o HP em Moçambique está a criar condições para que muitos jovens possam sair das ruas e possam praticar a modalidade que já foi uma das grandes naquele país.
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