Está confirmado por parte da Federação Portuguesa de Patinagem a noticia avançada em primeira mão ontem à noite pelo Hóquei Minhoto em que Luís Filipe Moreira estava de saída da selecção.
Para o seu lugar pode entrar Miguel Camões da associação de patinagem do Porto ou numa solução interna , Nuno ferrão pode assumir o cargo.
COMUNICADO DA FPP
Luís Filipe Moreira já não é Selecionador Nacional Sub-17 de hóquei em patins, depois de já ter apresentado o pedido de demissão à Direção da Federação de Patinagem de Portugal.
Luís Filipe Moreira, que havia assumido o cargo de Selecionador Nacional do escalão Sub-17 em fevereiro de 2013, comandou os jovens hoquistas portugueses e a Seleção Nacional durante mais de ano e meio, tendo sido peça fundamental para que Portugal conquistasse, em 2013, o 12º título de Campeão Europeu deste escalão de formação.
Ao técnico Luís Moreira, que deixa o cargo de selecionador invocando razões profissionais e familiares, a Direção da FPP agradece todo o trabalho, dedicação e empenho demonstrados ao deste período.
Nesta momento de despedida, a FPP deseja ao técnico Luís Moreira felicidades e muito sucesso para as futuras etapas profissionais e pessoais.
Os motivos que o levaram a apresentar o pedido de demissão:
“Estar na Seleção durante um mês seguido, como foi o do último europeu, é complicado. Só tenho 22 dias úteis de férias, o que é insuficiente para o tempo que temos de dedicar à Seleção em todos estágios e competições ao longo da temporada. Foram dois anos seguidos a condicionar-me do ponto de vista profissional. Por isto, e também por razões familiares, tinha de tomar uma decisão.
As razões familiares são muito simples, fui pai muito recentemente e eu tinha de analisar as coisas a partir desta nova perspetiva. Gosto muito do Hóquei em Patins, mas tenho de o encarar como um hobby“
Que percepção tinha antes de assumir o cargo de Selecionador Nacional:
“Tinha uma percepção diferente. Sempre tive a ideia clara de que chegar à Seleção Nacional é chegar ao topo da carreira. Seja para orientar camadas jovens ou escalões seniores, ser Selecionador Nacional e representar o país é o topo. Sempre existiu aqui a perspetiva de que a Seleção era algo difícil de alcançar. Por isso, quando lá cheguei, senti um orgulho enorme. Trabalha-se muito e bem na Federação. Trabalha-se com muita qualidade e uma coisa é inequívoca, a ideia que se tem de trabalhar numa Seleção Nacional altera-se completamente no momento em se chega lá. Trabalha-se com muita competência e uma visão do hóquei em patins muito diferente daquela que se tem nos Clubes
Foi uma grande aprendizagem que eu tive nestes anos na FPP. Claramente, passamos a ter uma visão do hóquei em patins muito diferente. É um tipo de aprendizagem que é impossível de ter nos Clubes e isto é o tudo o que levo da FPP. Quando voltar à modalidade, seja num Clube ou numa Seleção, esta aprendizagem que se tem com as pessoas que estão na Federação e na Direção Técnica é algo que só se pode ter se for mesmo experienciado. Saio com a noção de que hoje sou muito melhor treinador do que quando entrei e de que hoje sei muito mais sobre hóquei”
O caminho traçado pela FPP e pela Direção Técnica Nacional:
“Tive 100% de apoio. Felizmente, na Direção Técnica existe uma linha muito bem definida e sabe-se muito bem qual é o modelo que se quer impor, que perfil de atleta se pretende. Acho que esta linha que tem sido trabalhada por todos é a linha correta. Por mais que se fale cá fora, a verdade é que temos uma linha condutora muito bem definida. Algumas pessoas criticam porque queriam um estilo de jogo diferente ou outros jogadores nas seleções, mas é esta é uma Seleção Nacional com regras muito bem definidas, com uma filosofia muito própria e muito bem planificada, com um modelo que não existe no Clubes”
A experiência e o futuro:
“Foi fantástico estar estes anos todos ligado à modalidade. Fiz muitos amigos e, por outro lado, também consegui perceber que alguns que eram amigos, efetivamente não o são. Mas estes anos todos que levo de hóquei em patins foram uma aprendizagem. Não sei se regresso à modalidade nos próximos tempos, porque nesta altura há coisas mais importantes do que o hóquei em patins, e é a estas coisas que eu me vou dedicar. É com lamento que tomo esta decisão, mas neste momento o hóquei em patins não faz parte dos meus projetos de vida, pelo menos a curto prazo.
Como disse ao Luís Sénica e ao Presidente, preciso também deste tempo para reformular a minha vida e estabilizar até as questões profissionais com a minha empresa. As portas ficaram abertas para um possível regresso. Assim que a vida o permitir, naturalmente que quererei regressar”.
Luís Filipe Moreira, que havia assumido o cargo de Selecionador Nacional do escalão Sub-17 em fevereiro de 2013, comandou os jovens hoquistas portugueses e a Seleção Nacional durante mais de ano e meio, tendo sido peça fundamental para que Portugal conquistasse, em 2013, o 12º título de Campeão Europeu deste escalão de formação. A FPP deseja ao técnico Luís Moreira felicidades e muito sucesso para as futuras etapas profissionais e pessoais.
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