1.04.2012

Ricardo Cunha fala da sua nova equipa, a AD Limianos

O Blog Desporto em Ponte de Lima entrevistou Ricardo Cunha o novo guarda redes da equipa da AD Limianos que já treina com os seus novos companheiros depois de ate finais de Novembro ter estado ao serviço do Famalicense. O blog Hóquei Minhoto transcreve no seu espaço os seus objectivos e as suas razões porque assumiu o compromisso com a AD Limianos


Ricardo Cunha, reforço de inverno da equipa do Limianos! Ricardo Cunha de 32 anos, natural de Matosinhos, chega a Ponte de Lima para reforçar a baliza limiana, e o blog "Desporto em Ponte de Lima" conversou com ele...

Desporto em Ponte de Lima: Para quem não conhece o Ricardo Cunha, pode-nos contar quem é o Ricardo e qual a sua história no hóquei em patins?

Ricardo Cunha: Bem a minha história começa em Santa Cruz do Bispo com 7 anos nas escolas da Flôr da Mocidade que depois se tornou Hoquei Clube Santa Cruz, onde fiz toda a minha formação até aos Seniores. Foi o clube que me ensinou a estar no desporto e a quem estou grato por tudo e onde encontrei as minhas maiores amizades, é realmente uma escola e é pena que não tenha mais apoios pois em termos de seniores podia ir muito mais longe. Com os jogadores que forma (Carlitos, Ricardo Silva, José Braga, Meireles, Paulo Maia ,eu e tantos outros) e formou de certeza que teria porventura um lugar na 1ª Divisão.

Depois na minha 2ª época transferi-me , para o Centro Desportivo Nortecoope . Neste clube fui muito feliz a nivel desportivo pois subimos logo nesse ano à 1ª divisao e fomos campeões nacionais. Tinhamos uma equipa muito boa recheada de grandes jogadores, e ficamos 6/7 épocas na 1ª divisão onde obtivemos grandes resultados até à descida. Depois de 2 épocas na 2ª divisão voltamos a subir, só que houve uma ruptura com o treinador na altura e preferi sair. Nessa altura surgiu um convite que me foi impossível resistir, que foi do Fluvial Portuense em que tive o prazer e a honra de ser treinado e jogar com o grande Vitor Hugo (foi apenas meia época mas foi verdadeiramente marcante). Saí em dezembro para a irmã do Centro Desportivo Nortecoope , a Fundação Nortecoope. O seu presidente, Sr. Joaquim Faria, pessoa por quem nutro um grande respeito pediu-me para voltar e entrar numa equipa maioritariamente composta por jovens que queriam subir à 2ª divisão, o que aconteceu. Foi fantastico pois partimos muito atrás dos outros concorrentes mas conseguimos. Permaneci no clube mais um ano onde conseguimos um 3º lugar, falhando por um triz a subida à 1ª divisão, curiosamente atrás do Limianos que o conseguiu.

Seguidamente surgiu o convite do FAC. Não era algo que me agradava voltar a jogar na 3ª divisão, mas o convite, o projecto e o entusiasmo apresentados pelo treinador Rui Sérgio Teixeira convenceram-me e assim assinei pelo FAC. Encontrei um grupo fenomenal e fizemos uma época brilhante subindo à 2ª. Infelizmente o projecto sofreu alguns desvios e sem ter nada em mente decidi sair. Foi uma decisão consciente e amadurecida pelas condicionantes que se me colocaram, o que foi pena pelo grupo mas há pessoas que não merecem os atletas que têm, e assim cheguei ao Limianos.

O meu trajecto foi feito de trabalho e muita dedicação ao desporto que amo. Sou uma pessoa frontal , que assumidamente detesta perder, gosto de me sentir em grupo. Para mim não há nada melhor do que o trabalho em grupo. Visto verdadeiramente a camisola do clube que represento até ao fim.

DPL: Após uma carreira já longa, o que o levou a aceitar este novo desafio no Limianos?

RC: É de facto longa, quem me vê jogar, já me vê há muito tempo!!!! Jogo nos seniores desde os 16 anos, mas ainda sou muito novo (32 anos) e de facto é um desafio ir para o Limianos, mais pela distância de casa que provoca sacrificio respectivo na familia que outra coisa, pois tenho a certeza que estou num clube muito bom que dá condições aos seus jogadores e que tem a ilusão, a vontade e o querer de fazer mais e melhor. Isto juntamente com a força que fizeram junto de mim para vir tornaram o convite irrecusável.

DPL: Como surgiu a possibilidade de jogar na equipa limiana?

RC: Como disse anteriormente depois da minha saída do FAC, por ser conturbada até, estava decidido a não jogar até ao final da época. mas os vários convites (aos quais agradeço publicamente) e a falta que o hóquei faz na minha vida fizeram-me repensar e depois surgiu o convite que muito me agradou e que me deixou muito feliz que foi do Limianos, que tinha perdido o seu guarda redes. O Paulo Morais, treinador, conhece-me muito bem, foi meu companheiro de equipa no FAC, achou que eu reunia as condições para me integrar bem no grupo e por conseguinte o ajudar a atingir os melhores resultados possíveis e assim aconteceu.

DPL: Quais as expectativas pessoais e colectivas para o que resta desta época?

RC: Bem as expectativas colectivas, são as de entrar em cada jogo para ganhar, não podemos pensar de outra forma, para que depois possamos chegar à fase decisiva do campeonato com uma palavra a dizer quanto à subida de divisão. Quanto à mim de uma forma individual espero trabalhar muito para poder jogar e ajudar a equipa a chegar ao sonho que é o da subida!!!

DPL: O que acha do grupo de trabalho que encontrou em Ponte de Lima?

RC: O grupo de trabalho é espetacular, fui muito bem recebido por todos. A nível desportivo e humano tem imensa qualidade e espero que dê muitas alegrias a toda população de Ponte Lima.

DPL: Junta-se a Botelho e a Carneiro como guarda redes do Limianos. Sente que vai ser uma luta renhida pela titularidade?

RC: Sinto claro! Os dois têm muita qualidade e trabalham também muito. Vou ter que me esforçar sempre e estar sempre ao máximo para poder ter hipótese de jogar .

DPL: Para terminar, que mensagem quer deixar aos adeptos Limianos?

RC: A mensagem é que estejam connosco, acreditem, que venham ao pavilhão que o encham porque vão ver sempre uma equipa unida aguerrida e que vai lutar sempre até á última gota pela vitória.

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