Depois do parecer do conselho de disciplina da Federação Portuguesa de Patinagem sobre a utilização dos jogadores das equipas B, a direção do Cartaipense admite recorrer a outras formas para justificar a sua razão em relação ao assunto.
COMUNICADO
Que a Direção do CARTaipense entende dever emitir em face do que tem vindo a público a propósito da decisão do C.D. F.P.P. acerca do intervalo necessário à utilização de jogadores na equipa A e na equipa B:
1º- Contrariamente ao que tem sido referido e divulgado, o CART nunca formulou qualquer protesto de qualquer jogo com qualquer equipa B que tenha defrontado, no entanto, reservas e o direito de, se e quando entender conveniente e oportuno, exercer todos os seus direitos, entre os quais ainda se inclui o de formular protesto e cumprirá, se for o caso, entre outros, os arts. 107º nº2 e 113º nº1) do R.J.D..
2º- Registamos que apesar de ser claro e explícito o disposto nos artigos 36º-A e 42º do R.G.H.P. o OC Barcelos consultou o Comité Técnico Desportivo de HP da F.P.P. acerca do intervalo necessário à utilização de jogadores duma equipa A na equipa B.
3º- Registamos que este C.T.D. H.P. F.P.P. respondeu, a 22/10/2014, que “atletas inscritos na categoria sub 20, têm que cumprir um intervalo de 15 horas para poderem jogar na equipa principal e na equipa B...”.
3º- Registamos, com satisfação, a referência de que foi necessário o recurso “à hermenêutica jurídica que se baseia na interpretação do espírito da lei” para qualificar juridicamente a situação, porque numa interpretação “à letra do regulamento – como pretende o CART – os atletas referidos só poderiam ser utilizados 48 horas após a realização do 1º jogo em que fossem inscritos no boletim de jogo”.
4º- Registamos, com perplexidade, a referência de que a existência das equipas B “tornou mais difícil a obtenção de melhores resultados e obstaculizou hipotéticas promoções de divisão… e que que é esse um dos objectivos que a F.P.P. pretende… que obrigue os participantes a serem mais capazes, mais competentes dentro de pista”.
5º- Esclarecemos que nunca o CART assumiu, nem assume, a promoção de divisão como objetivo, os únicos que prossegue é a promoção sim mas de valores, da ética desportiva e da dignidade e o fomento da prática desportiva pelos jovens nesta modalidade, podendo a promoção de divisão ser uma consequência eventual agora não se peça a um clube da terceira divisão para ser mais capaz e competente que uma equipe B de terceira divisão que, com estas exceções abertas a 22/10/2014 e agora legitimadas, a somar as outras já regulamentarmente existentes, pode ser toda ela composta por atletas que são quase exclusivamente primodivisionários e que de sub 20, até à data de hoje, nada têm (basta compulsar as fichas de jogo do campeonato regional sub20).
6º- Registamos ter sido afinal necessário suprir uma alegada omissão apesar de paradoxalmente ter ficado definitivamente esclarecido o artigo 36º-A com a alteração introduzida pelo comunicado nº34/2014.
7º- Registamos que, apesar de “resultar tão clara a permissão de utilização de atletas das categorias inferiores” (na equipas A e B com intervalo de 48h) “aos quais não é aplicado o nº14 do artigo 36º-A”, parece ser afinal necessário, a meio da competição em curso, alterar a redacção desse artigo para: “Um atleta inscrito na categoria de seniores, só pode ser utilizado pelo clube, decorridas que sejam 48h, sobre o início do jogo em que este representou qualquer uma das equipas, principal ou B”.
8º- Continua o CART a ter opinião, o que não é delito por isso a expressa, que os atletas que são verdadeiramente das equipas B (sub 17, sub 20 e sub 23) para o seu desenvolvimento desportivo e a sua progressiva integração nas equipes seniores necessitam da proteção especial do artigo 36º-A que prevê literalmente um intervalo de 48h para qualquer jogador poder alinhar simultaneamente na equipe A e B (e não nos sub 20 como certamente por lapso foi referido (cfr. 13º C.D. F.P.P.)) para que aqueles atletas genuinamente “Bs” não fiquem “tapados” (cfr. 9º C.D. F.P.P.) por todos aqueles, sub 17 e sub 20 inclusive, que já tenham alinhado pela equipe A e que, por isso, já não carecem de protecção por já não terem dificuldade de integração na equipa sénior.
8º- Dentro do quadro de valores que promove, o CART poderá pugnar, se e quando entender conveniente, por este seu entendimento, que sabe ser sufragado por muitos, por ora, apenas se limita, pelo menos publicamente, a registar o tempo e a forma como acaba de ser substancialmente alterada a letra da lei.
O presidente da direcção.
António Alberto Lima Pereira
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